quarta-feira, 1 de julho de 2009

Provocação

Olá pessoal,

1º de julho, July 1st!

Pois é, a hora está chegando, faltam 8 dias para o início da Freedom Trip 2009!

Apesar de querer poder divagar aqui todos os dias, pois assuntos não faltam, infelizmente meu final de semestre está se demonstrando muito mais problemático do que podia supor. Como as aulas terminam, oficialmente, dia 10, e algumas matérias já terminaram, pensei que fosse estar livre das provas ainda esta semana. Ledo engano... Ao invés de adiantar, uma professora adiou uma das provas que teria essa semana, ou seja, essa semana só tenho mesmo a prova de processo civil 3, e, olha que legal, semana que vem tenho APENAS as provas de comercial 2 e 3 E de processo penal! Ótimo, não? Vou acabar tendo só dois dias de férias MESMO por aqui... =/

Até por este motivo, não posso me alongar hoje, mas vou deixar uma provocação intelectual, vou compartilhar um assunto que tem me atormentado estes últimos tempos, que tem me inquietado internamente: a linguagem e a racionalidade humana, sua interconexão, seus objetivo, suas vantagens, desvantagens, usos e etc.

Alongar-me-ei certamente neste assunto, mas só para que tenham idéia do que estou falando, deixo vocês com três perguntinhas do sempre astuto Hippolyte Rivail:

592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer, porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de uma maneira precisa?

– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que desce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais, mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender, porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.



594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm linguagem?

– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a todas as concepções de sua inteligência.

Os peixes, de fato, que emigram em massa, e as andorinhas, que obedecem ao guia que as conduz, devem ter meios de se informarem, se entenderem e se combinarem. Talvez por terem uma visão mais penetrante que lhes permita distinguir os sinais que fazem; talvez também a água seja um veículo que lhes transmita certas vibrações. O que quer que seja, é incontestável que têm um meio de se entenderem, ocorrendo o mesmo com todos os animais privados da voz e que fazem trabalhos em comum. Que estranheza pode causar, depois disso, que os Espíritos possam se comunicar entre si sem a ajuda da palavra articulada?


605 a Assim, além de suas próprias imperfeições, das quais o Espírito deve se despojar, o homem tem ainda que lutar contra a influência da matéria?

– Sim, quanto mais é inferior mais os laços entre o Espírito e a matéria são unidos; não o vedes? O homem não tem duas almas;a alma é sempre única em cada ser. A alma do animal e a do homem são distintas uma da outra, de modo que a alma de um não pode animar o corpo criado para a outra. Mas, ainda que o homem não tenha alma animal que, por suas paixões, o nivele aos animais, tem o corpo que muitas vezes o rebaixa a eles, porque seu corpo é um ser dotado de vitalidade, que tem instintos, porém ininteligentes e limitados ao cuidado de sua conservação.

O Espírito, ao encarnar no corpo do homem, traz o princípio intelectual e moral que o torna superior aos animais. As duas naturezas que existem no homem dão às suas paixões duas origens diferentes: uma vem dos instintos da natureza animal, outra das impurezas do Espírito encarnado e que simpatiza mais ou menos com a grosseria dos apetites animais. Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Submisso a essa influência, se aproxima da brutalidade; despojado dela, se eleva à sua verdadeira destinação.


Inté mais, gente!

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