quarta-feira, 8 de julho de 2009

A amizade...


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.


É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.


Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.


O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinícius de Moraes


PS. Que fique claro que faltaram muitos ali! Esta é uma pequena representação daqueles que vão me fazer falta nesse mês longe de tudo.

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