terça-feira, 14 de julho de 2009

Day 3

Ola povo,


Bom, o terceiro dia tambem nao teve nada de muito atrativo. Entretanto, foi MUITO bom.


A Si me acordou lah prumas 10 horas. Eu tive que resolver alguns estresses sobre uns documentos que enviei pruma bolsa, mas acho que foi tudo resolvido. Depois que escrevi tudo, fomos pro churrasco do pai da Lu lah no Circulo Militar da Praia Vermelha. O tempo estava um pouco nublado, entao tinha que ficar andando de casaco o tempo todo.


Alem da carne estar maravilhosa, foi otimo pq joguei imagem e acao com velhos amigos e pude aproveitar bem o tempo... ateh minha tia chegar. Passamos na Si, tomei banho, juntei as coisas e pronto, estava indo pro aeroporto.


Chegamos cedo, sobrou muito tempo desde o check in. Minha avoh nao conseguiu ir, estava passado um pouco mal, mas na volta, ela me recebe, com certeza =D


Embarcamos na hora certa... bom, era um voo da American pra Miami, entao, ja viram, um monte de moleque indo pra Disney!! Fui numa das ultimas fileiras, bem no corredor. Meio chato, soh costumo viajar nas janelas. Mas nao me importei, o voo era a noite, e chegou ainda no escuro, entao nao perdi muita coisa. Fiz amizade com dois americanos no aeroporto, entao pude reengatar meu ingles, o que ja foi bem melhor desde a conversa com o ingles. Mas lah dentro, sentei no lado de duas brasileiras, que estavam com o mesmo problema que eu, em relacao aquele maldito ar condicionado.


Apesar do frio, sobrevivi ateh Miami, onde cheguei as 4 da madrugada... o aeroporto estava deserto, gelado tambem. Fiquei um pouco apreensivo com a imigracao, mas correu tudo bem. A policial conversou comigo, se interessou pelos seminarios e ainda recebi depois do meu "thank you" um "my pleasure".


Bom, quando cheguei no terminal onde pegaria meu voo pra Washington, vi duas meninas dormindo no chao. Usei o cobertor que eles deram no aviao e tentei o mesmo. Foi MUITO desconfrotavel, alem do maldito ar condiconado em cima de mim, mas acho que dei uma cochilada. Acordei em outro mundo, com pessoas falando em ingles, lojas abertas, o dia claro e pude tomar meu cafe (super gorduroso, claro) por lah.


Ateh o dia 4!!

Day 1

Ola, todo mundo!


Primeiramente, desculpem pela falta de acentos: como devem imaginar, nesse teclado nao tem, o que me deixa bastante incomodado... mas faz parte.


Em segundo lugar, estou bastante atrasado com as postagens, mas eh que imaginei que fosse ser mais facil de atualizar. Apesar de estar um pouquinho menos cansado, os dias tem sido bastante puxados, de modo que a essa hora, 11:38, estou todo quebrado.

Vou tentar fazer uma recapitulacao dos dias:


O Dia 1 foi o dia em que sai de Brasilia e fui pro Rio. Nao houve nada de muito emocionante nesse dia. Meus pais me deixaram no aeroporto, estava tendo uma manifestacao ridicula sobre a nao privatizacao da Infraero, a TAM, que tem apenas metade de todo mercado aereo me fez ficar quase duas horas em pe numa fila, esperando pra despachar as malas... quanta emocao! =D




O legal nesse meio tempo foi o ingles que tava atras de mim na fila e com quem fiquei conversando ate a hora de fazer o check in. Ele trabalhava justamente pra seguradora da Infraero... diz ele que era ele quem assinava os cheques da seguradora, era quem fazia as negociacoes. Foi um bom treino, uma boa forma de fazer minha cabeca voltar a pensar em ingles... e treinar os ouvidos, jah que o sotaque ingles carregado dele tava meio chatinho de entender.




Essa foto foi tirada perto da aterrisagem... eu nunca tinha visto a baia de Guanabara desse angulo, pelos fundos. Achei muito interessante, ver seus afluentes desaguarem la. Ela me pareceu bem menor do que pensava, mas essa impressao eh bastante relativa...
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Por sorte minha tia me buscou, o que nao estava esperando (e me deixou muito feliz), e me deixou na casa da minha outra irma, a Simone. A gente foi almocar no Rio Sul (um shopping de la), tentei ver se desbloqueava meu celular pra funcionar no exterior (o que nao consegui), fui ao banco, fui a Praia Vermelha (rever o mar). Voltamos pra Si, onde encontrei a Lu e o Guima, e fomos jantar num lugar parecido com o Outback (Banana Jack, se nao me engano), em Ipanema - muito agradavel. O papo foi otimo, conversamos muito e durme como uma pedra na casa da Si, na volta.
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Ate o dia 3!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Day 2



Sexta-feira, 10 de julho

Daew povo, estou escrevendo da casa da minha amiga Lucina.
Estamos aqui esperando para ir ao cinema daqui a pouco... assistir não sei o quê ainda. Eu queria ver "Transformers", mas a Lu prefere ver "A proposta", vamos ver...


Depois eu faço um post sobre ontem, mas hoje eu acordei quando a Si estava indo embora. Liguei pra Lu e combinamos de ir à praia no Forte São João. Lugar histórico esse, pra mim, principalmente. Diz minha mãe que nasci lá - meus primeiros anos de vida foram lá. O pai da Si nos deu carona, passei muito protetor, peguei um pouquinho de sol, refresquei um pouco com a santa água do mar e, depois de uma água de coco, voltamos, só que pra casa da Lu.

A mãe dela fez um almoço ótimo, me convidou prum churrasco que eles vão fazer amanhã por aqui... mas que não sei se vou conseguir ir ainda, vai depender do horário que minha avó chegar de Fortaleza.

Bom, uma foto da minha praia de sempre, e da Fortaleza de Santa Cruz, do outro lado da baía de Guanabara:







PS. Como meu vôo é amanhã à noite, não vou conseguir atualizar, só no domingo,


Abraços

quinta-feira, 9 de julho de 2009

The Start


Wait a minute,
Look around,
Everything fades,
Does it look brown?

Don't waste your time?
Give it a try!
Reach out for the sun,
Reach out for the deep blue sky,

Put out your wings and fly!!
Just fly,
Don't look back, don't look behind!


Daqui a pouco estou voando para o Rio e o começo de toda essa conversa! De lá os explico por que estar acordado às 01:37 da manhã.

Intééé mais ver!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A amizade...


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.


É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.


Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.


O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinícius de Moraes


PS. Que fique claro que faltaram muitos ali! Esta é uma pequena representação daqueles que vão me fazer falta nesse mês longe de tudo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

As amígdalas e Honduras..






Boa tarde, gente






Pois é, minha viagem é depois de amanhã, como sabem, quinta-feira, e fui pego de surpresa por uma nova amigdalite, apenas 15 dias depois do fim dos antibióticos da infecção passada!! Já são três crises seguidas, em um espaço pouco maior que três meses!.


Apesar de não doer mais tanto quanto antes, e de já conseguir identificar a infecção horas antes dela estourar, é sempre um sofrimento. A região do fundo da garganta nunca me foi tão caro! São pequenas coisas que as pessoas saudáveis não se dão conta... mas como podemos sofrer por pequenas coisas! Poder mastigar direito, engolir, beber água... coisas triviais que para alguém que sofre nessa região se transformam em pesadelo.


Mas o pesadelo está perto do fim. Quis fazer a cirugia antes, mas como estava próximo da viagem e a recuperação é um pouco lenta, o médico sugeriu que fizesse quando voltar de viagem. Se soubesse que não havia salvação, já teria tirado muito antes! Mas é assim, nós e nosso preconceitos, que tanto nos prejudicam... tinha medo de cirurgia, vê se pode!
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O resumo da ópera é o seguinte: antibiótico por mais 10 dias, repouso e perda de boa parte da diversão do início da viagem... =(


Esta foto ao lado é de um "períspirito" (denominação espírita), ou "corpo espiritual" (denominação esotérica). Aqueles centros luminosos e coloridos são chamados de chakas, ou centros de força. Uma das funções da acupuntura é justamente reequilibrar o trânsito de energia em nosso perispírito. Minha nova acupunturista disse que geralmente esse desequilíbrio interno advém de causas externas. No meu caso, ela sugeriu que talvez tenha muita coisa a ser dita, mas não disse, muita coisa acumulada, e talvez isso tenha se manifestado nessas crises em seqüência. Achei uma explicação razoável e resolvi pesquisar mais sobre aquele chakra da garganta, o quinto.


Achei em um site:

Visuddha - O quinto chakra fica na frente da garganta e está ligado à tireóide. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.



Bom, pondo as lamentações anciãs de lado, gostaria de compartilhar um texto interessantíssimo do Reinaldo Azevedo sobre a crise em Honduras. Para os que se interessam, boa leitura:





HONDURAS: OS BOLIVARIANOS BRASILEIROS NÃO SABEM LER
terça-feira, 30 de junho de 2009 6:05
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Vamos lá. Reservo uma surpresinha para o fim. Mas acho importante ler tudo.
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De todas as estranhas coisas que um petralha é capaz de fazer, uma que particularmente me chama a atenção é tentar explicar para o próprio autor o sentido oculto do seu texto. É o que tentam fazer comigo, com aquela habilidade bailarina de que são capazes esses paquidermes morais. Eu sei muito bem o que escrevi sobre Honduras — fui eu que escrevi, lembram-se? Até fiz questão de realçar, e mais de uma vez, o “POR ENQUANTO” quando fazia considerações sobre a natureza golpista ou não da intervenção militar. Golpista não foi e não é porque a intervenção está prevista na Constituição democrática do país, o que não quer dizer que eu apóie o uso desnecessário da força, constrangimento ao trabalho da imprensa e violação de direitos fundamentais de qualquer natureza. Quem apóia Chávez incondicionalmente, incluindo a repressão, são os bolivarianos que agora vêm aqui torrar a minha paciência. Ora, vão se danar. É golpe o que eles querem debater? Vamos lá.
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Manual Zelaya não queria cortar sinal de televisão. Isso, naturalmente, era muito pouco. Ele queria, na prática, fechar o Judiciário, o Congresso e a Promotoria do país. E rasgar a Constituição. Não só: queria também o Exército como títere de sua manobra golpista. Contra a decisão da Corte de Justiça do país, mandou que a Força agisse para realizar o referendo ilegal. É ESCANDALOSO QUE ISSO NÃO SEJA DITO. É ESCANDALOSO QUE ISSO NÃO SEJA LEVADO EM CONTA. É UM GOLPE NA INTELIGÊNCIA DO LEITOR, DOS TELESPECTADORES, DOS INTERNAUTAS.
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E Zelaya fez tudo direitinho, como um bom teleguiado de Chávez. Continuasse no país, seria preso e perderia seus direitos políticos (ler até o fim…). Está claro, a esta altura, que negociou a sua renúncia e saída do país — essa história de que foi pego de pijama tem todo o cheiro de conversa mole — para, uma vez abrigado no guarda-chuva chavista, armar o que está sendo chamado, em boa pilantragem, de “resistência”. As Forças Armadas fizeram mal em confiar na palavra de um aliado de Chávez. Como ele violou a Constituição algumas vezes em poucos dias, deveria ter sido destituído e processado (ler até o fim, reitero).
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O cerco está se fechando sobre o governo provisório de Honduras. Parece difícil que resista à pressão. Se Barack Obama não exercesse a presidência dos EUA com uma espécie de vergonha da história gloriosa do seu país, teria a coragem de não incentivar o circo. Mas devemos todos nos preparar para um mundo em que a autoridade moral (suposta) vai tentar substituir a autoridade de fato. E isso quer dizer que estaremos todos expostos à sanha de ditadores e vigaristas.

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Parece difícil que Zelaya não volte, dada a situação. Pergunto então:

- se voltar, vai insistir em seu referendo, contra a decisão da Justiça?;

- se voltar, vai insistir em seu referendo, contra o que diz a Constituição?;

- se voltar, vai insistir em seu referendo, contra a maioria do Congresso?;

- se voltar, vai insistir em dar ordens inconstitucionais e ilegais às Forças Armadas?;

- se voltar, vai continuar como golpista?
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Comovo-me com tantos bolivarianos, no Brasil e na América Latina, preocupados com o corte do sinal de TV em Honduras, que vive, como é óbvio, o risco de conflitos civis e sob a égide de leis especiais para períodos de crise — previstas, também elas, na Constituição. Entendo! Vocês são contra cortar sinais temporariamente, né? Gostam mesmo é da expropriação permanente de canais de televisão, não é isso?, a exemplo do que Chávez fez na Venezuela.
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O que se dá em Honduras e na América Latina só evidencia o erro de condescender com tipos como Chávez. É claro que George W. Bush errou, não é? Se Chávez está aí, é sinal de que errou. Não sei se fui muito sutil. Faz tempo que o “império” não é o mesmo. Aquele que já foi tido apenas como um palhaço irrelevante tem hoje oito países sob sua influência. E é um mau exemplo permanente no continente porque tem a ambição de exportar a sua revolução. O Peru, anotem aí, está começando o seu flerte com o caos bolivariano.
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Lula, claro, tinha de dizer as frases emblemáticas de sempre. Referindo-se ao que seria um golpe em Honduras, disse: “Daqui a pouco, vira moda”. É, não pode. A “moda boa” é a da Venezuela, que consiste em golpear a democracia por meio de referendos. Com efeito, Lula a considera tão boa que chegou a dizer que há democracia “até demais” naquele país, revelando o que faria, se pudesse, no Brasil. Mas não pode.
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Não sei se aquele vagabundo volta a Honduras. Se voltar, espero que a Justiça se encarregue de processá-lo pela óbvia tentativa de violação da ordem constitucional. Que o continente está, no que concerne à liderança, à deriva, disso não tenho a menor dúvida. A rigor, inexiste liderança no mundo ocidental.
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Quanto à canalha que passou o dia de ontem enviando bobagens para cá, dizer o quê? Esses democratas não deram a menor pelota quanto Lula expressou seu apoio incondicional ao iluminista Ahmadinejad, enquanto uma milícia homicida abria fogo contra a população. Não, senhores! O governo provisório de Honduras não é uma ditadura. A Venezuela, que fala em democracia, é. Eu não apóio golpes militares (e não está caracterizado um em Honduras), mas também não apóio golpes civis. Houvesse nos EUA um governo à altura da responsabilidade que tem o país como fiador da ordem democrática no continente (e no mundo), Barack Obama se encarregaria de garantir a normalização da situação em Honduras, à espera das eleições, previstas para daqui a quatro meses.
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Ademais, se a imprensa brasileira — e não apenas ela — não sabe ler e se nega a fazer uma coisa básica, que é consultar a Constituição de Honduras, o que posso fazer? Lamentar. A íntegra da Carta, publico uma vez mais, está aqui. Os artigos 184 a 186 e o 272 evidenciam que a ação das Forças Armadas foi legal. Não batassem eles, leiam o 239:

ARTICULO 239.- El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Designado. El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, así como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos, y quedarán inhabilitados por diez años para el ejercicio de toda función pública.
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Eu traduzo:
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“O cidadão que tenha desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser presidente ou indicado. Quem transgredir essa disposição ou propuser a sua reforma, assim como aqueles que o apoiarem direta ou indiretamente, perderão imediatamente seus respectivos cargos e ficarão inabilitados por dez anos para o exercício de qualquer função pública”
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Trata-se da Constituição de um país historicamente traumatizado por ditaduras e ditadores. Que põe na Constituição uma defesa contra aventuras continuístas. E Manuel Zelaya PROCUROU, COM SEU REFERENDO, GOLPEAR A CONSTITUIÇÃO E A DEMOCRACIA HONDURENHAS. Isso quer dizer que apóio violência e porretada nesse ou naquele? Não! Quem apóia porretadas são os petralhas e Lula, que deram as mãos a Ahmadinejad, o homicida. Quem apóia porretadas são os petralhas e Lula, que chamam o ditador Hugo Chávez de “democrata” e “companheiro”.
Eu só apóio Constituições democráticas. Sou o único na imprensa mundial? Huuummm, encontrei ao menos uma colunista no Wall Street Journal que pensa rigorosamente a mesma coisa.

Abraçãoo

sábado, 4 de julho de 2009

233th Independence day



Oh, thus be it ever when freemen shall stand.
Between their loved home and the war's desolation!
Blest with victory and peace, may the heaven-rescued land Praise the Power that has made and preserved us a nation.
Then conquer we must, when our cause it is just.
And this be our motto: "In God is our trust".
And the star-spangled banner in triumph shall wave O'er

the land of the free and the home of the brave.


Pois é, aniversário do 233° aniversário de independência da potência mundial que mais bem trouxe à humanidade.


Estados Unidos X Império Romano
Sei que é uma afirmação provocante, mas paremos para pensar: alguns diriam que o Império Romano foi muito mais importante, foi muito mais catalisador, muito mais integrador do que os Estados Unidos são. Não vou me alongar neste debate agora, mas lembro que nas aulas de Direito Romano, o professor falava da forma de abordagem muito parecida entre os dois "impérios". Os romanos, quando anexavam um território, tinham a política de manter seus líderes, interferir pouco nos costumes, de forma a manter uma dominação pacífica. O que lhes importava eram os tributos colhidos em cada província e os escravos que podiam capturar (que era a base de sua economia). Entretanto, inegavelmente, como dominadores, por mais liberdade que se desse aos povos subjugados, a influência romana prevalecia, de forma que sua língua se difundiu, seu direito, sua filosofia, sua cultura... O que não foi absolutamente ruim, principalmente por se tratar do Império mais desenvolvido da Antiguidade. Com os americanos não é diferente.


Estados Unidos da América
Desde seu estabelecimento como potência mundial, os americanos só têm intervido naqueles locais que representam ameaça à sua existência, da mesma forma que os romanos. Os demais lhes são indiferentes - cada povo, na sua velocidade, no seu processo civilizatório. Prova disso é o caso da Venezuela. Ela não é ameaça. É uma ameaça teórica, ideológica, mas os políticos de Washington já sabem que o pragmatismo da realidade é impositivo e intransigente: ou se se adapta a ele, ou se fica para trás. Nossos companheiros latino americanos nunca foram primor de desenvolvimento, portanto, essa etapa socializante por que vêm passando é mais um passo na direção errada, mas que como todo erro, servirá para o avanço civilizacional posterior deles. Seu foco atual está no Afeganistão, onde era a base dos terroristas que os atacaram, na Coréia do Norte, que tem provocado constantemente a comunidade internacional, no Irã, que quer a bomba para completar o trabalho do 3° Reich...

Entretanto, como ocorreu com os romanos, a cultura e todos os fatores caracterizadores do povo americano ficaram mais evidentes, no momento em que seu modelo, em escala global, representa a forma mais adequada de que se tem conhecimento para a vida em uma sociedade humana civilizada. A liberdade é o preceito básico para a busca da felicidade, independente de quem se fale. Nos EUA se pode ser monge budista, freira católica, se pode ouvir rock, samba, música clássica; se pode viver no campo, isolado, na cidade, em meio ao tumulto; se pode correr atrás dos milhões, como também se pode optar por viver na humildade de bens financeiros,... enfim, uma sociedade em que todos podem conviver, de acordo com seus objetivos individuais. E é por isso que é a mais próspera do mundo.


Crise na América
A eleição de Obama, um defensor explícito da forma "politicamente correta" de pensar, pode demonstrar um enfraquecimento de todos esses princípios que levaram este grande país a liderar o mundo. O posicionamento de Obama, abrindo mão da segurança interna (como fez Kennedy, Clinton), abrindo mão da segurança de aliados importantes (como Israel, Colômbia), querendo negociar com aqueles que os querem destruir, mostra a corrupção moral por que vem passando a sociedade norte americana. Sem dúvida este é um assunto longo, que daria um outro grande post, mas que ao escrever, me lembrei de um discurso muito adequado ao momento em que a América vive atualmente - um discurso do maior presidente americano do século XX - Ronald Reagan. O nome do discurso é "A time for choosing" (tempos de escolha) e foi feito em 27 de outubro de 1964. São em discursos como este que se reconhece os verdadeiros líderes, verdadeiros intelectuais! Através de apurada sensibilidade aliada à formação moral e intelectual sólida, essas pessoas conseguem analisar o momento em que vivem, identificam como funciona a dinâmica do mundo das pessoas, quais fatores que influenciam tal dinâmica, transformando-se em bons articuladores ao alcançar seus objetivos e ao fazer predições bastante precisas.

Com vocês, o grande Reagan:


http://www.youtube.com/watch?v=2pbp0hur9RU


Transcrevo o texto em inglês. Se alguém precisar, posso fazer a tradução! ;

Those who would trade our freedom for the soup kitchen of the welfare state have told us they have a utopian solution of peace without victory. They call their policy "accommodation." And they say if we'll only avoid any direct confrontation with the enemy, he'll forget his evil ways and learn to love us. All who oppose them are indicted as warmongers. (eles chamam sua política de "acomodação". eles dizem que se nós apenas evitarmos qualquer confrontação direta com o inimigo, ele esquecerá seu meios maléficos e aprenderá a nos amar. Todos os que se opõe são apontados como "sedentos de guerra").They say we offer simple answers to complex problems. Well, perhaps there is a simple answer—not an easy answer—but simple: If you and I have the courage to tell our elected officials that we want our national policy based on what we know in our hearts is morally right.

We cannot buy our security, our freedom from the threat of the bomb by committing an immorality so great as saying to a billion human beings now enslaved behind the Iron Curtain, "Give up your dreams of freedom because to save our own skins, we're willing to make a deal with your slave masters." Alexander Hamilton said, "A nation which can prefer disgrace to danger is prepared for a master, and deserves one." Now let's set the record straight. There's no argument over the choice between peace and war, but there's only one guaranteed way you can have peace—and you can have it in the next second—surrender.(Não há argumento sobre a escolha entre paz e guerra, mas há apenas um meio garantido que você pode ter paz - e você poderá tê-la no próximo segundo - renda-se)

Admittedly, there's a risk in any course we follow other than this, but every lesson of history tells us that the greater risk lies in appeasement, and this is the specter our well-meaning liberal friends refuse to face—that their policy of accommodation is appeasement, and it gives no choice between peace and war, only between fight or surrender. If we continue to accommodate, continue to back and retreat, eventually we have to face the final demand—the ultimatum. And what then—when Nikita Khrushchev has told his people he knows what our answer will be? He has told them that we're retreating under the pressure of the Cold War, and someday when the time comes to deliver the final ultimatum, our surrender will be voluntary, because by that time we will have been weakened from within spiritually, morally, and economically. (e algum dia, quando chegar a hora de entregar o ultimato final, nossa rendição terá sido voluntária, porque naquela hora nós teremos sido enfraquecidos por dentro espiritualmente, moralmente e economicamente) He believes this because from our side he's heard voices pleading for "peace at any price" or "better Red than dead," or as one commentator put it, he'd rather "live on his knees than die on his feet." And therein lies the road to war, because those voices don't speak for the rest of us.

You and I know and do not believe that life is so dear and peace so sweet as to be purchased at the price of chains and slavery. If nothing in life is worth dying for, when did this begin—just in the face of this enemy? Or should Moses have told the children of Israel to live in slavery under the pharaohs? Should Christ have refused the cross? (Ou Moisés deveria ter dito às crianças de Israel para viver na escravidão dos Faraós? Ou Cristo deveria ter recusado a cruz?) Should the patriots at Concord Bridge have thrown down their guns and refused to fire the shot heard 'round the world? The martyrs of history were not fools, and our honored dead who gave their lives to stop the advance of the Nazis didn't die in vain. Where, then, is the road to peace? (os mártires da história não eram bobos, e nossos honrados mortos, que deram suas vidas para impedir o avanço dos nazistas não morreram em vão. Onde, então, está o caminho para a paz?)da Well it's a simple answer after all.

You and I have the courage to say to our enemies, "There is a price we will not pay." "There is a point beyond which they must not advance." And this—this is the meaning in the phrase of Barry Goldwater's "peace through strength." Winston Churchill said, "The destiny of man is not measured by material computations. When great forces are on the move in the world, we learn we're spirits—not animals." And he said, "There's something going on in time and space, and beyond time and space, which, whether we like it or not, spells duty." (Churchill disse, "o destino do homem não é medido por dados materiais. Quando grandes forças estão se movendo no mundo, nós aprendemos que somos espíritos - não animais". E ele disse, "Há algo acontecendo em tempo e espaço e além tempo e espaço, a qual, gostemos ou não, se chama 'dever'").

You and I have a rendezvous with destiny.

We'll preserve for our children this, the last best hope of man on earth, or we'll sentence them to take the last step into a thousand years of darkness.

We will keep in mind and remember that Barry Goldwater has faith in us. He has faith that you and I have the ability and the dignity and the right to make our own decisions and determine our own destiny.(ele tem fé que você e eu temos a habilidade e a dignididade e o direito de fazer nossas próprias decisões e determinar nosso próprio destino).

Thank you very much.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Meu ídolo!




Herr meines Lebens,

Sei bei mir,
Verteidigen Sie mir,
Führen Sie mir,
Beleuchen Sie mir,

Ich verleihe meinem Leben an dir!



Este é a pedra fundamental de toda doutrina da liberdade!

Ele simplesmente ensinou a fórmula da liberdade e do caminho para a felicidade possível na humanidade!

Ele arrasa, simples assim!

Ainda nos daremos conta que estamos há 2009 anos correndo atrás de quimeras...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Countdown

Pois é, one week left!

O tempo avança veloz!

Quem diria que praticamente um semestre inteiro de preparativos se passou! Ontem fechei o penúltimo grande acerto da viagem: comprei a passagem de Washington para Boston por inacreditáveis $ 49,60!! Já de longe se demonstram as vantagens de um mercado mais livre e competitivo. O engraçado é que ia comprar a passagem de Boston para Nova York no mesmo site, mas o estranho é que apesar de um trajeto menor, a passagem é mais cara. Achei estranho e consultei uma colega do estágio para ver se havia explicação. Bom, é claro que tem. O JFK, o maior aeroporto de Nova York, é um dos mais movimentados do mundo! Ela disse que quando viajou de lá, ficou quase uma hora na pista, porque tinham 42 aviões na frente do dela para decolar. Isso torna a viagem mais cara, e demorada. A tal "mão do mercado" só é, de fato, invisível para os que não querem ver... O mercado pode ser tão eficiente, que aqueles que querem se poupar de pagar passagens mais caras e esperar longas horas por um trecho relativamente curto podem optar por fazer o trajeto de ônibus, pagando a fortuna de $ 15,00!! =D De que vocês acham mesmo que vou viajar?!?!

Em termos gerais já está tudo pronto: já fechei com todos os hosts, dólares reservados, inscrições nos seminários devidamente realizadas, estágio resolvido... o que falta mesmo é comprar a passagem de San Diego para San Francisco. Ainda estou em dúvida se passo mesmo assim por Los Angeles, ainda mais agora, que se bobear ainda pego o funeral do Michael Jackson hueuhehue Como os preços desse site não variaram mesmo com a proximidade da viagem, então devo deixar pra comprar semana que vem.

Vou aproveitar o final de semana para arrumar minha mala... ando preocupado com o tamanho da bagagem que vou ter que ficar levando pra cima e pra baixo...

Bom, estou escrevendo para dar um tempo nessas infindáveis leituras de processo... não agüento mais ler sobre ação rescisória, mandado de segurança, embargos de divergência!!!


Bom, sobre aquele assunto que disse querer tratar com maior análise no post passado, deixo vocês com outra provocação, esta feito pelo diretor do Instito Liberal, Rodrigo Constantino:
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O Abuso da Razão



"O futuro está em aberto; não é predeterminado e, deste modo, não pode ser previsto - a não ser por acidente. As possibilidades contidas no futuro são infinitas." (Karl Popper)
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As duas principais forças intelectuais que transformaram o pensamento social durante o século XVIII – o socialismo moderno e o positivismo moderno – tiveram origem em Paris, através de cientistas e engenheiros influenciados pelo sucesso nos avanços da ciência. A exportação dos métodos da ciência natural para as ciências sociais produziria aquilo que Hayek chamou de “cienticismo”. Em The Counter-Revolution of Science, Hayek disseca os problemas desta postura, mostrando como a arrogância racionalista acabou levando muitos pensadores, paradoxalmente, a uma crença irracional.
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Quando o cientista alega estudar fatos objetivos, o que ele quer dizer com isso é que ele tenta estudar coisas, independente do que os homens pensam ou fazem sobre elas. Por outro lado, as ciências sociais ou morais estão preocupadas com as ações conscientes dos homens, ações que podem ser escolhidas pelos próprios homens. O que cada um pensa sobre essas coisas, portanto, passa a ser de crucial importância para as ciências sociais. Na falta de termos melhores, pode-se dizer que o método da ciência natural é “objetivo”, enquanto nas ciências sociais ele é “subjetivo”. Podemos compreender a ação humana porque partimos de uma introspecção, assumindo que estamos lidando com uma característica comum a todos: a mente humana.
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A teoria econômica, por exemplo, não tem nada a dizer sobre os discos de metal que uma visão objetiva ou materialista pode tentar definir como dinheiro. O que importa é o significado que as pessoas atribuem a estes discos, que podem ser entendidos somente através de suas ações. Apenas o que as pessoas conhecem ou acreditam pode representar um motivo para sua ação consciente. Enquanto as coisas no mundo externo não se comportam de forma diferente devido ao que pensamos delas, o comportamento humano depende claramente do que cada um pensa sobre ele. Muita confusão surge justamente quando os métodos das ciências natural e social são misturados. O cientista social começa a tratar, nesse caso, a subjetividade dos indivíduos como um dado objetivo, que pode ser observado de fora, permitindo a descoberta de “leis de comportamento”, tais como as leis naturais. O behaviorismo é um exemplo claro disso.
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Hayek chama a atenção para o coletivismo metodológico desses pensadores, ou seja, a tendência de tratar coletivos – sociedade, classe ou nação – como se fossem objetos dados pela natureza, que podemos descobrir leis pela observação de seu comportamento enquanto coletivos. Esses pensadores tratam o fenômeno social não como algo do qual a mente humana faz parte, e que cuja organização pode-se reconstruir pelas partes familiares, mas como se fossem objetos diretamente percebidos enquanto coletivos. Bastaria o cientista social observar a “nação” para compreender as leis que guiam seu comportamento, ignorando que nação é apenas uma abstração de nossa mente, um constructo para definir e agrupar justamente partes individuais com características similares. Essa postura erra ao tratar como fatos objetivos aquilo que não passa de modelos construídos pela mente humana para explicar a conexão entre algum fenômeno individual que observamos; no caso, a nacionalidade dos indivíduos.
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Uma nação ou classe não existem como dados da natureza, assim como pedras ou montanhas, mas são agrupamentos artificiais que fazemos justamente para tentar explicar as relações individuais. Quando atribuímos características de personalidade a coletivos como sociedade ou nação, incorremos no risco de inverter as coisas, analisando o coletivo como se fosse um ente concreto. Esse conceito antropomórfico de coletivos mentais acaba gerando efeitos perversos nas ciências sociais. O esforço de tratar o fenômeno social como um todo observável pode ser entendido pelo desejo de obter uma visão distante na esperança de que certas regularidades irão surgir, enquanto permanecem obscuras num olhar mais próximo das partes. Seria a tentativa de enxergar a floresta com suas “leis”, ignorando as árvores. Essa “visão macroscópica” pode muitas vezes impedir a visão real das partes existentes. Na maioria dos casos, essa crença de que é possível enxergar o todo com critérios objetivos não passa de uma ilusão.
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A aplicação deste coletivismo metodológico no estudo da história traz muitas complicações, e acaba produzindo o que ficou conhecido como “historicismo”. Analisar fatos históricos sempre irá depender de quais perguntas desejamos responder. Um mesmo fato ou época podem representar inúmeras análises, dependendo do que se pretende estudar. A visão ingênua que trata os fatos complexos que a história estuda como dados naturais, leva à crença de que sua observação pode revelar “leis históricas” do desenvolvimento desses coletivos. Segue-se disso a tentativa de criar uma teoria da história, ou filosofia da história, que estabelece fases necessárias ao desenvolvimento histórico. Os autores destas pseudo-teorias da história acreditam ser capazes de chegar por um atalho mental direto nas “leis” de sucessão dos fatos. Os mais conhecidos expoentes dessa filosofia da história foram Hegel, Comte e Marx.
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Esse “historicismo” é contraditório, pois se a mente humana fosse variável e determinada pela época histórica, nós não teríamos como compreender diretamente o que as pessoas de outros tempos queriam dizer, e a história seria inacessível. A mente da qual podemos falar de forma compreensível deve ser uma mente como a nossa. Um observador de Marte não poderia compreender as ações humanas pela simples observação, se ele não fosse capaz de reconstruir nossas ações com base numa mente semelhante a nossa. Caso contrário, seria como observar os atos de um formigueiro, sem nenhuma chance de capturar de maneira inteligível os motivos de cada ato. Quando não podemos mais reconhecer categorias de pensamento similares àquelas que pensamos, a história deixa de ser uma história humana.
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Essas atitudes coletivistas costumam resultar de uma incapacidade de compreender como ações individuais independentes de muitos homens podem produzir coletivos coerentes, estruturas persistentes de relações que possuem importantes funções sem que tenham sido designadas a este propósito. Esses pensadores coletivistas tratam todas as estruturas sociais como o resultado de um design deliberado, como invenções conscientes dos seres humanos. Um bom exemplo é a língua de um povo. Até o século XVIII, muitos homens pensavam que a língua tinha sido “inventada”, no sentido de ter sido criada deliberadamente por alguns com este fim. Aceitar que coisas tão úteis como a língua possam ser fruto de uma ordem espontânea exige reflexão e também muita humildade.
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Em vez de instituições, Hayek prefere inclusive usar o termo formações para descrever essas organizações que surgiram sem uma intenção deliberada. Tais como as formações rochosas, que foram sendo moldadas ao longo dos séculos, a língua, a moeda, a moral, a família e demais organizações apareceram através de ações de diferentes indivíduos ao longo do tempo, sem que cada um deles tivesse noção exata do que estava ajudando a construir. Mas, da crença de que nada útil aos homens pode ter surgido sem sua consciência, muitos saltam para a crença de que, como todas as instituições foram criadas pelos homens, cabe a eles remodelar da forma que desejarem tais instituições. Eis onde o non sequitur representa enorme perigo, pois, como Hayek lembra, não só essas instituições foram criadas muitas vezes sem a consciência humana, como elas também são preservadas porque seu funcionamento depende de ações de pessoas que não são guiadas pelo desejo de mantê-las existindo*.
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Na prática, o coletivista demanda que todas as forças da sociedade sejam colocadas sob o controle de uma única “super mente”, enquanto o individualista reconhece os limites dos poderes da razão individual, e conseqüentemente prega a liberdade como meio para o máximo desenvolvimento possível pelo processo entre diferentes indivíduos. De um lado, temos a humildade do individualismo, que reconhece os limites da razão individual na construção e progresso da civilização; do outro, temos a arrogância do coletivismo, que mira no controle consciente de todas as forças da sociedade**. Esse abuso da razão acaba produzindo uma ideologia totalmente irracional, que deposita num indivíduo ou pequeno grupo de indivíduos o poder de moldar e direcionar toda uma sociedade de cima para baixo. Hayek chamou esse abuso da razão de "intelectualismo", um racionalismo que falha em sua mais importante função: reconhecer os limites do que a consciência individual pode alcançar.
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* Hayek explica melhor seu ponto: “Many of the greatest things man has achieved are the result not of consciously directed thought, and still less the product of a deliberately coordinated effort of many individuals, but of a process in which the individual plays a part which he can never fully understand. They are greater than any individual precisely because they result from the combination of knowledge more extensive than a single mind can master”.
** Quem conseguiu sintetizar essa mensagem de forma brilhante foi Raymond Aron, autor de O Ópio dos Intelectuais: “O liberal é humilde. Reconhece que o mundo e a vida são complicados. A única coisa de que tem certeza é que a incerteza requer a liberdade, para que a verdade seja descoberta por um processo de concorrência e debate que não tem fim. O socialista, por sua vez, acha que a vida e o mundo são facilmente compreensíveis; sabe de tudo e quer impor a estreiteza de sua experiência – ou seja, sua ignorância e arrogância – aos seus concidadãos".

Abraços

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Provocação

Olá pessoal,

1º de julho, July 1st!

Pois é, a hora está chegando, faltam 8 dias para o início da Freedom Trip 2009!

Apesar de querer poder divagar aqui todos os dias, pois assuntos não faltam, infelizmente meu final de semestre está se demonstrando muito mais problemático do que podia supor. Como as aulas terminam, oficialmente, dia 10, e algumas matérias já terminaram, pensei que fosse estar livre das provas ainda esta semana. Ledo engano... Ao invés de adiantar, uma professora adiou uma das provas que teria essa semana, ou seja, essa semana só tenho mesmo a prova de processo civil 3, e, olha que legal, semana que vem tenho APENAS as provas de comercial 2 e 3 E de processo penal! Ótimo, não? Vou acabar tendo só dois dias de férias MESMO por aqui... =/

Até por este motivo, não posso me alongar hoje, mas vou deixar uma provocação intelectual, vou compartilhar um assunto que tem me atormentado estes últimos tempos, que tem me inquietado internamente: a linguagem e a racionalidade humana, sua interconexão, seus objetivo, suas vantagens, desvantagens, usos e etc.

Alongar-me-ei certamente neste assunto, mas só para que tenham idéia do que estou falando, deixo vocês com três perguntinhas do sempre astuto Hippolyte Rivail:

592 Se compararmos o homem e os animais sob o ponto de vista da inteligência, a linha de demarcação parece difícil de se estabelecer, porque alguns animais têm, sob esse aspecto, uma superioridade notória sobre alguns homens. Essa linha pode ser estabelecida de uma maneira precisa?

– Sobre esse ponto vossos filósofos não estão de acordo em quase nada: uns querem que o homem seja um animal e outros que o animal seja um homem; todos estão errados. O homem é um ser à parte que desce muito baixo algumas vezes, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente o homem é como os animais, e até menos dotado que muitos deles; a natureza deu aos animais tudo o que o homem é obrigado a inventar com sua inteligência para satisfazer suas necessidades e sua conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais, mas seu Espírito tem uma destinação que somente ele pode compreender, porque apenas o homem é completamente livre. Pobres homens que vos rebaixais além da brutalidade! Não sabeis vos distinguir? Reconhecei o homem pelo sentimento que ele tem da existência de Deus.



594 a Há animais que não têm voz; ao que parece esses não têm linguagem?

– Eles se compreendem por outros meios. Vós, homens, tendes apenas as palavras para se comunicarem? E os mudos, que dizeis deles? Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se informar e de exprimir as suas sensações. Acreditais que os peixes não se entendem entre si? O homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem; embora a dos animais seja instintiva e limitada ao círculo de suas necessidades e idéias, enquanto a do homem é passível de ser aperfeiçoada e se presta a todas as concepções de sua inteligência.

Os peixes, de fato, que emigram em massa, e as andorinhas, que obedecem ao guia que as conduz, devem ter meios de se informarem, se entenderem e se combinarem. Talvez por terem uma visão mais penetrante que lhes permita distinguir os sinais que fazem; talvez também a água seja um veículo que lhes transmita certas vibrações. O que quer que seja, é incontestável que têm um meio de se entenderem, ocorrendo o mesmo com todos os animais privados da voz e que fazem trabalhos em comum. Que estranheza pode causar, depois disso, que os Espíritos possam se comunicar entre si sem a ajuda da palavra articulada?


605 a Assim, além de suas próprias imperfeições, das quais o Espírito deve se despojar, o homem tem ainda que lutar contra a influência da matéria?

– Sim, quanto mais é inferior mais os laços entre o Espírito e a matéria são unidos; não o vedes? O homem não tem duas almas;a alma é sempre única em cada ser. A alma do animal e a do homem são distintas uma da outra, de modo que a alma de um não pode animar o corpo criado para a outra. Mas, ainda que o homem não tenha alma animal que, por suas paixões, o nivele aos animais, tem o corpo que muitas vezes o rebaixa a eles, porque seu corpo é um ser dotado de vitalidade, que tem instintos, porém ininteligentes e limitados ao cuidado de sua conservação.

O Espírito, ao encarnar no corpo do homem, traz o princípio intelectual e moral que o torna superior aos animais. As duas naturezas que existem no homem dão às suas paixões duas origens diferentes: uma vem dos instintos da natureza animal, outra das impurezas do Espírito encarnado e que simpatiza mais ou menos com a grosseria dos apetites animais. Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Submisso a essa influência, se aproxima da brutalidade; despojado dela, se eleva à sua verdadeira destinação.


Inté mais, gente!