quinta-feira, 25 de junho de 2009

Couchsurfing II

Boa tarde, pessoal


Bom, não consegui postar ontem por motivos de força maior - logo, não foi por preguiça (quem lê esta frase, até pensa que tenho público a dar satisfações hahaha). Fiquei pensando no que escrever, e acho que o assunto Couchsurfing dá pano pra manga.


Críticas
É lógico que, apesar de ser Europa, Estados Unidos, não são todas as pessoas bem intencionadas. O perigo, de fato, existe em qualquer lugar. Digo isso, pois é uma crítica constante feita por amigos que desconfiam de tanta hospitalidade e duvidam da superioridade civilizacional de nossos irmãos do norte.

É por este motivo que o site não é simplesmente um tipo de "chat", onde se chega com um nick qualquer, e diz "hello, can you host me?", e o outro nick responde "oh yeah, for sure man!". hehehe Não, não é assim que funciona.

Para quem ainda não teve paciência e/ou interesse de checar o site, cada integrante, para poder falar com outras pessoas, seja para ser host, seja para ser surfer, tem de ter um perfil. O site, seguindo a beleza da filosofia liberal implícita, não indica perguntas básicas a que se deve responder para ter um perfil. Você responde o que lhe parecer conveniente. Entretanto, seu perfil é seu cartão de visitas.


Como funciona?
Dentre suas opções no perfil, primeiramente, você tem espaço quase infinito para postar fotos, seja de você, seja de você com hosts/surfers, seja de você viajando, seja do seu apartamento e/ou do seu couch. É interessantíssimo, pois quanto mais fotos, mais segurança você tem. Quase todos os hosts experientes já têm fotos do couch, do prédio, e já dizem o bairro em que moram, de forma que se pode pesquisar a distância dos mesmos para os pontos turísiticos que se pretende visitar.


Exemplo
No canto esquerdo do perfil, cabe a foto do seu couch e uma descrição sobre ele. Vou postar aqui um exemplo de host experiente e de uma descrição bastante completa:

Couch Available: Coffee or a drink
Preferred Gender: Any

PLEASE serious requests only!! Put the word BUBBLEGUM in your email somewhere so that I know you've actually taken the time to read some of this!!
Hi anyone! I'm currently a student at American University in Washington, DC. During the summer I'll have space available for a few surfers. I've been surfing around Europe for nearly 4 months now, and I have tons of interesting stories and experiences with CS, but most importantly I appreciate the value of giving up your couch to someone for one or two nights.
The apartment where I'm living is in Bethesda, Maryland which is on the border of the DC Diamond and has direct access on the red line to downtown and all the attractions. I'm happy to show anyone around if I'm not too busy.
Anyway, there IS a couch, and a giant fluffy beanbag thing that's as comfortable as anything. My roomate and I don't smoke, and you shouldn't either, unless you're willing to kick the habit for however long you're staying with us. We don't have pets, though the landlady is a cranky old Cuban lady who barks like a dog at us.We're both students, and I've been in DC for a couple of years, so I can help you learn the lay of the land. I don't have a car, so there's no possibility of a pickup from an airport, but metro access is really easy and I'll have no problem finding you at the Bethesda stop, if you need me to.
Anyway, I'm pretty easy-going and I like to have fun, so if you need tips on interesting bars or clubs around the district just let me know. I'm really happy to host anyone, but I think I my experience might be best enjoyed by people who are around my age.
We have linens and everything you'll need for a stay over, including towels, etc. I'm going to say that there's no best time for me to host, which SHOULD probably be said that there's no BAD time for me to host. Weekdays, weekends, whatever. I'm not going to promise anything here, I'll take each one on a case-by-case basis.And for all you guys new to CS, one thing that's been driven into my consciousness about this whole deal is that hosts are NOT hotels!!! Courtesy will get you everywhere.If you have any other questions, just let me know.
Happy Surfing!


Essa é a "couch information" do meu ex-host de Washington. Ex-host porque ele não vai mais poder (parece que a síndica, uma cubana, que ele chama de "cranky", estava reclamando de ter muita gente nova entrando no prédio).


Dissecando a descrição
Vamos por partes: aquele primeiro "couch available" é um ícone que te dá muitas opções (yes!, definitely, no, maybe, coffee or a drink, travelling at the moment), que diz como vc está em relação à estadia. Com essa síndica chata, ele teve de mudar do "yes" para um "coffee or a drink", isto é, são aqueles nativos que gostam de encontrar estrangeiros, mas que não estão podendo hospedar por algum motivo. Então só estão disponíveis para sair, conversar e beber (café, claro) hehe

A segunda parte, o "preferred gender" é em relação ao seguinte: em geral, as mulheres por serem mais precavidas, costumam preferir hospedar só mulheres. Assim como tem alguns homens que só hospedam mulheres... =P enfim, diz qual o gênero a pessoa prefere hospedar, apesar de não ser um limitador, para a maioria, apenas uma preferência mesmo. Mas, via de regra, as pessoas não fazem esse tipo de distinção e põem "any".

Quando ele começa a escrever, já diz de cara sua senha (bubblegum). Muitos hosts experientes fazem isso - pedem que o surfer diga no título do pedido alguma senha que eles dizem ao longo do texto, de forma que eles conseguem comprovar que a pessoa leu alguma parte do seu perfil, e não saiu, simplesmente, pedindo adoidado a todos da lista. Nesse, que uso como exemplo, ficou fácil, pois está na primeira linha. Teve um que li, que no meio desta descrição, disse que a senha seria o nome de seu gato, que ele só fala, en passant, na parte da "philosofy" individual. Então, realmente, a pessoa tinha que ler TUDO o que ele escreveu.

No primeiro parágrafo, então, ele fala em geral o que faz e conta sobre sua experiência com o CS (couchsurfing), depois fala sobre onde mora e sobre as formas de se chegar nas parte principais da cidade de sua casa. Depois fala sobre o couch em si e sobre os acessórios (se tem lençol, toalha, travesseiro e etc.). Finalmente, fala sobre o que costuma fazer com os surfers (ir pra bar, cozinhar, dar carona aos pontos turísticos) e sobre como é sua rotina, de forma que o surfer possa se planejar e não ser inconveniente.

Após ler tudo, você manda um e-mail, contanto do porquê ir à cidade da pessoa, e, de preferência, fazendo algum comentário sobre alguma coisa que a pessoa tenha dito no perfil (como falar a mesma língua, querer conhecer o cachorro, querer conhecer o bairro que a pessoa mora, mais sobre seu curso). Depois de conversar, e o host ter tempo na agenda dele, ele te passa o endereço e, então,


Bon Voyage!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Couchsurfing

Hello Folks!

Hoje vou, finalmente, tratar de um assunto interessante (que desperta ao menos uma discussão) que é a idéia do site www.couchsurfing.org !

De acordo com o próprio site, assim eles definem sua filosofia:

What is the CouchSurfing mission?


When we incorporated CouchSurfing International, Inc. as a non-profit, we filed our official mission statement as:

"CouchSurfing seeks to internationally network people and places, create educational exchanges, raise collective consciousness, spread tolerance, and facilitate cultural understanding."

As a community we strive to do our individual and collective parts to make the world a better place, and we believe that the surfing of couches is a means to accomplish this goal. CouchSurfing isn't about the furniture- it's not just about finding free accommodations around the world- it's about participating in creating a better world. We strive to make a better world by opening our homes, our hearts, and our lives. We open our minds and welcome the knowledge that cultural exchange makes available. We create deep and meaningful connections that cross oceans, continents and cultures. CouchSurfing wants to change not only the way we travel, but how we relate to the world!

Então, para quem tem sua dificuldades com inglês, do que estou falando?

Couchsurfing poderia ser traduzido como "surfe de sofás", "surfar sofás". Como assim sofás? Couch para os americanos é usado como figura de linguagem, como nós usamos "rua" no seguinte sentido: "se não fizer isso, vai dormir na rua", para eles, se dorme no sofá (são bem mais humanos, não? =p). Logo, o sofá é visto como um local rústico, a que se recorre quando não se há escapatória, quando não se tem outra opção - a última opção.

Entretanto, baseado na forte idéia de auto-determinação que os povos anglo-saxões, principalmente, têm, eles crêem que não nos cabe julgar o que é melhor para o próximo - ele mesmo é que saberá. Assim, enquanto que para uns, dormir no sofá da casa dos outros é algo próximo da humilhação, para outros, é a chance de conhecer novas pessoas, não dormir no relento, ou mesmo economizar, para gastar o dinheiro no outro dia por algo que dê maior importância.

É por isso que AMO o espírito do site.


Filosofia coletiva brasileira

Para nós brasileiros, onde geralmente temos muito a vida pautada pelo que os outros vão pensar do que fazemos, onde sempre receamos não ser bem vistos, onde, infelizmente, lidamos com perigos constantes, seja de furtos, roubos, assassinatos, seqüestros, a idéia costuma ser sempre, à primeira vista, aterradora. "Como, dormir na casa de um estranho? E se for um assassino, estuprador, doido varrido, homossexual, transtornado, traficante,..." bom, estas foram só algumas das inúmeras suposições que amigos brasileiros me fazem quando comento sobre o couchsurfing.

Não os culpo. Talvez, se nunca tivesse tido uma experiência no exterior, pensasse da mesmíssima forma. Mas só o meu caso, desde o início, nunca me deu chances de pensar deste modo. Para quem não sabe, morei na Alemanha por um ano, através de um programa de intercâmbio de trabalho chamado de Aupair. Não vou me alongar sobre ele agora, mas o princípio é: contratar algum jovem estrangeiro para ser o "quebra-galho" da casa. Ou seja, você tráz um estrangeiro, jovem ainda por cima, para morar com você, realizar as refeições com vc, ouvir suas brigas, discussões, tomar conta de seus filhos, usar seu carro, enfim, fazer parte por um tempo de sua "intimidade".

Creio que no Brasil esta possibilidade é NULA. Não há fidúcia entre nós, somos um povo desconfiado, um povo que espera sempre o pior do próximo, um povo traumatizado, que pensa sempre que o próximo lhe irá passar a perna, trapacear. Não estamos acostumados a passar por dificuldades coletivas, de modo que um colabore espontaneamente com o outro - é sempre cada um pensando em si mesmo, tendo que passar por cima do outro, se necessário, para alcançar seus objetivos.

Não quero me alongar sobre este assunto, pois dá muita discussão refletir acerca de nosso comportamento em coletividade. Meu objetivo era demonstrar do porquê o couchsurfing causar tanta estranheza entre nós e tentar traçar um paralelo com o pensamento dos povos mais desenvolvidos, civilizados.


Experiências

Vou dar alguns exemplos das minhas experiências na Europa:

Alemanha: minha primeira experiência no couchsurfing foi no feriado da páscoa em 2006, abril, portanto. Tinha algumas passagens para o trem-bala alemão (o ICE) e resolvi gastá-las. Fui para Aachen, uma cidade beeem no oeste alemão, quase na fronteira com Bélgica/Holanda. Meu host se chamava Sebastian. Muito atencioso, como todos os outros hosts que tive, me buscou na estação de trem e fomos até o aparatamento que ele dividia com um colega de faculdade, que tinha, inclusive, até uma boa vista da cidade. Como tinha dito, era um apartamento pequeno, mas julguei valer mais a pena o aperto que gastar 30 euros por uma noite em um hostel. No outro dia ele foi junto comigo nos pontos principais da cidade. Lembro que ele foi quase como um guia turístico, sabia algumas curiosidades históricas, das termas romanas que têm lá, por exemplo, ainda inteiras, onde personalidades desde aquela época visitavam e gravavam seus nomes numas placas de bronze. Depois desse dia, fomos passar o dia de páscoa com a família dele, nunca cidadezinha ainda mais pra fronteira da Alemanha. Foi interessantíssimo, fui super bem acolhido, pude ver de perto como era a comemoração da páscoa no interior da Alemanha, dormi muito bem, e a mãe dele até emprestou o carro, pra que viajássemos no outro dia para a Holanda, Maastricht. Ele tinha, inclusive, um tio filósofo, professor da universidade de uma cidade por lá (não lembro mais), com quem, infelizmente, não pude conversar muito - meu alemão ainda era muito fraco.


Conclusões

Contei poucas vezes essas história. Mas quando conto, pessoas mais negativas, desconfiadas, até mesmo intolerantes, vêm com ironias perguntando o que teria feito para tamanha hospitalidade. Ou quanto eu teria pago. Ou o que ele me devia... enfim, vocês sabem que a criatividade de mentes negativas, pervertidas, é infinita nas possibilidades de desvirtuamentos das intenções alheias. Ninguém pensa que podem haver pessoas que realmente gostam de ser úteis. Não pensam que podem existir pessoas que gostam de contato com pessoas de outras culturas. Não pensam que possa haver interesse por outras línguas, constumes. Não pensam que entre duas pessoas há inúmeras trocas que não APENAS as materiais, financeiras, sexuais. Não pensam que possa haver vontade de crescimento interior com as diferenças. Não pensam que possa haver interesse pela tolerância. Enfim, não pensam em MUITAS coisas.

Bom, esta forma de pensamento também ajuda a explicar porque, por exemplo, as privatizações são tão mal vistas por aqui, ou a eliminação unilateral de barreira alfandegárias, mesmo a inserção de palavras estrangeiras ao nosso vocabulário sejam tão repudiadas.

Já me alonguei demais. Possivelmente voltarei ao tema.

Abraços!




segunda-feira, 22 de junho de 2009

22 junho - Monat Zwei

Oi pessoal,

Bom, ontem falei sobre os seminários em si, o objetivo principal da viagem. Hoje vou falar sobre o resto dela e sobre um ponto muito interessante e controvertido - o couchsurfing.

A viagem se dará da seguinte forma: dia 9 de julho, uma quinta-feira, saio de Brasília por uma boa promoção da TAM (o que há alguns meses era impensável, pois tinha domínio de mais da metade do mercado), chegando ao Rio por volta do meio dia.

Vou para o Rio, porque meu vôo para os EUA sairá de lá. Do aeroporto vou para a casa da minha grande amiga Simone, na charmosa e sempre saudosa Urca, bairro nobríssimo da Zonal Sul carioca. Irei pra praia, porque minha pele já sente falta de sal =P e vamos farrear por lá junto à Lucina (outra amigona, mas que agora mora em Juiz de Fora), Guima e mais os outros amigos de velhos tempos que estiverem por lá.

Voarei de American Airlines - excelente empresa (a comida é maravilhosa, pelo menos foi, quando fomos pra Disney), saindo do Rio sábado, às 20:15. Como meu destino será Washington DC, e não há vôos diretos pra lá, farei escala em Miami. Graças a Deus esperarei pouco por lá (umas duas horas), o que é chato mesmo assim, porque a previsão é chegar lá 4 horas da manhã! Mas em seguida, rumo à DC, chegando lá, espero, por volta das 11 horas da matina. Washington foi a primeira cidade a acertar com um host (explico em seguida). Devo ficar 3 dias, até quarta de manhã, quando voo para Boston. Em Boston fico até sexta de manhã, quando vou para Nova York. Em NY fico até segunda de manhã, quando tenho de rumar para Irvington, onde será o seminário.

Como dito no post anterior, fico lá até dia 24, sexta-feira, quando retorno à NYC. Fico até segunda de manhã, quando voo para San Diego. Este vôo é interessante. O horário é: partida 09:40, chegada, 12:32 - diferença de quase 3 horas. No entanto, o vôo tem duração de mais de 6 horas... Não há ago de errado? Não! =D Eu mesmo quando vi, pensei que se tratasse de erro na impressão, mas na verdade, há a questão dos fusos horários, já que simplesmente o vôo atravessará os EUA de leste a oeste. Apesar de parecer longe, o vôo é em tese mais rápido que um norte-sul. Será que as pessoas envelhecem rodando contra o movimento de rotação da Terra? uhehueuheuhe

Recebi hoje a confirmação oficial dos organizadores do seminário da CATO sobre a concessão da bolsa. Enviaram também a programação das palestras (copio no final para aqueles que tiverem paciência e/ou interesse pelo tema do seminário).

Com o final do seminário em 31 de julho, sexta, resta a dúvida quanto à viagem na costa oeste. Finalmente vou poder sentir as águas geladas do Pacífico. Inicialmente gostaria de ficar um pouco em San Diego, passar em Los Angeles e partir para San Francisco (de onde sairá meu vôo de volta para NYC). Entretanto, até agora não arrumei um host em LA e estou pensando seriamente em não passar por lá.

Bom, nunca tive muito interesse por LA. Sei que é chique, tem praias famosas, tem o famoso letreiro de Hollywood, mas só isso. Não há nada de histórico, além de todos os couchsurfers de lá dizerem que o sistema de transportes não é muito bom. Então estou seduzido a desistir de lá e ir direto de San Diego para San Francisco. Na verdade, o que mais me atraía à LA era o parque Six Flags, que tem ali perto. Tem umas montanhas-russas loucas por lá e como não tem desse tipo de parque aqui no Brasil, queria muito passar um dia por lá. Hoje meu host de SF disse que tem um Six Flags a 45 minutos de SF também! Não sei se é o mesmo, só sei que é próximo o bastante e tiraria o diferencial a mais de LA. Creio que se tivesse de carro, viajando em grupo, daria pra passar um diazinho em LA, só pra dizer que fui e tirar a famosa foto com o letreiro atrás. Mas como estou sozinho, com orçamento limitado e viajando com uma mala relativamente grande, bom, acho que vai ser um transtorno passar por lá.

Pois é, acho que já me extendi o bastante neste post, então acho que vou guardar pra falar do Couchsurfing amanhã!

Abração!

PS. Segue o cronograma do Seminário da CATO (vai ser puxado - e um intensivão de inglês): http://www.cato.org/cato-university/schedule.html (tentei copiar mas ele dá erro, não fica legível).








domingo, 21 de junho de 2009

Primeira postagem

Olá, pessoal

Estou começando hoje meu blog de viagem - um velho sonho.
Tenho a grande pretensão de postar todo dia um resumo, pelo menos, do que eu fiz, o que aconteceu, por onde andei, quem conheci, tão-logo esta viagem será uma experiência única, da qual gostaria muito de lembrar, e, claro, compartilhar.

Bom, alguns podem se perguntar: de que viagem ele está falando?

Então, desde o ano passado fiquei sabendo de um concurso de artigos promovido pelo excelente Instituto Liberal, do Rio de Janeiro. Era o então o V Prêmio Donald Stewart Jr. e o prêmio para os três primeiros lugares nacionais seria a oportunidade de participar do Summer Seminar da FEE (Foundation for Economic Education), em Irvington on Hudson, norte de New York City, que este ano vai ser de 20 a 24 de julho. Além disso, o primeiro lugar ganharia $ 1.000,00, o segundo $ 500,00 e o terceiro $250,00 dólares.

Este ano, ou melhor, no ano de 2008, o VI Prêmio Donald Stewart Jr. teve como tema "Globalização e Liberdade". Para quem me conhece, sabe que este me foi um tema muito feliz, pois sempre tive grande interesse. Deste modo, utilizei todoa a bibliografia liberal que tinha e tentei escrever algo interessante o suficiente para garantir algum dos 3 primeiros lugares. No final, meu subtema foi "A globalização da liberdade - a importância da responsabilidade individual e do otimismo".

Confesso que a obra costuma ser sempre pior aos olhos do autor. Quando comecei a escrever, comecei a me aprofundar, a aprofundar cada vez mais nas leituras, de modo que meu trabalho ficasse consistente e eu, ao mesmo tempo, ficasse tranqüilo com minha consciência. Bom, me frustrei neste aspecto, pois no regulamento a previsão era de, no máximo, 25 mil caracteres (aproximadamente 12 páginas no formato indicado), de modo que tive de cortar MUITAS partes de minha pesquisa, e, ao meu ver, ser superficial em algumas abordagens.

Este desafio foi também muito importante por outro aspecto. Geralmente na UnB os trabalhos são livres neste quesito, então nunca me preocupei com limites. Também foi importante para que conseguisse aprender a fazer recortes de diferentes leituras, estruturar uma idéia e conseguir encaixá-las no texto de modo coerente.

Depois da divulgação do resultado e da minha extrema felicidade com o mesmo, recebemos uma notícia que conseguiu nos deixar simplesmente incrédulos, sprachlos. O grande Diogo Costa (responsável pelo excelente site www.ordemlivre.org - "OrdemLivre.org é um projeto da Atlas Economic Research Foundation em cooperação com o Cato Institute.") conseguiu um acordo justamente com este CATO Institute para que os vencedores do VI Prêmio Donald Stewart Jr. ganhassem, também, uma bolsa para participar do CATO Summer University, em San Diego, Califórnia.

Recebemos, portanto, premiação dupla, inédita na história deste Prêmio! Aguardamos ansiosos pelos seminários e pela chance de conhecer mais sobre a Terra da Liberdade, berço da democracia moderna - os Estados Unidos da América.

Aqui segue uma explicação mais detalhada sobre os seminários:




Seminário da FEE

- Freedom University 2009

20 – 24 de julho, 2009

Graduação em Liberdade

Os três universitários contemplados com o VI Prêmio Donald Stewart Jr. terão, em julho, uma experiência fascinante. Estarão reunidos durante uma semana com universitários de diversos países no campus da FEE, a 35 km ao norte de Manhattan, Nova Iorque.

O lugar é belíssimo: uma propriedade de 2,83 hectares datada do século 19, cercada de área arborizada e. parques. Construções antigas dão abrigo aos hóspedes e ao staff: a “Big House”, a Carriage House, a “Shanty” (residência do presidente) e duas dependências para guardar material de apoio.

A “Casa Grande”, com 1.860 metros quadrados, é o prédio principal. Abriga escritórios, biblioteca e arquivos, uma sala de aula, sala de jantar, cozinha comercial, sala de reunião dos funcionários e uma grande sala de recepção. O terceiro andar é o dormitório masculino. As mulheres têm dormitório na Carriage House, próxima à Casa Grande.

Há uma sala com computadores com acesso de alta velocidade à internet que os alunos poderão usar em horários pré-estabelecidos. As refeições são servidas na sala de jantar no sistema de bufê. Todos se reúnem nessa hora: alunos, professores e funcionários. A idéia é proporcionar um ambiente de confraternização geral, benéfico a cada um em particular. É a filosofia da FEE.

Universidade da Liberdade [Freedom University]

[Tema: A economia política da Liberdade]

É destinada a alunos universitários de qualquer área de estudo interessados em ampliar e aprofundar seu conhecimento e compreensão do liberalismo clássico, dos fundamentos da economia de mercado e das perspectivas de preservação da liberdade nos próximos anos.

Os professores apresentarão a discussão tópicos como as origens da República dos EUA, a ética do capitalismo, a contraposição da economia de mercado com a economia de Estado, o mito e o custo humano do coletivismo, o Estado beneficente, globalização e livre comércio, a inflação e suas causas, os perigos das políticas ambientalistas e as alternativas privadas para a educação pública, entre outros tópicos.

À noite as discussões serão informais com os conferencistas do dia. Talvez sejam as mais produtivas reuniões para uma troca saudável de idéias. A FEE espera que os alunos expressem suas próprias idéias e opiniões – e que as saibam defender com lógica e imparcialidade. A unanimidade de idéias não é desejada nem encorajada.

Os alunos devem entender que a abordagem dos professores é fundamentada na concepção de uma ordem moral. Por conseguinte, os professores não estão interessados em discutir os meios de melhorar os procedimentos e mecanismos de intervenção governamental.

Os alunos que assistirem a todas as palestras e tiverem participação ativa nas sessões de debates serão contemplados com o Certificado de Conclusão da Freedom University.



Seminário do CATO

- CATO University 2009 –

26 - 31 de julho, 2009

Depois do Freedom University, da FEE, em Nova Iorque, os vencedores do Prêmio DSJ viajarão para a Califórnia para participar do CATO University, o mais importante seminário de finalidade educacional promovido pelo CATO Institute. A promoção para os estudantes brasileiros é uma oferta do “braço” brasileiro do CATO, o OrdemLivre.org., criado por Diogo Costa, um dos contemplados no I Prêmio Donald Stewart Jr.

O lugar é nada menos que um “rancho” americano, o magnífico Rancho Bernardo Inn, a algumas milhas ao norte de San Diego, na Califórnia. As instalações são de categoria internacional, com ótimo espaço para lazer, spa, além de ter acesso imediato ao que há de melhor em San Diego. É num lugar como esse que nossos estudantes estarão aprendendo e discutindo, com estudantes de todo o mundo, sobre o tema escolhido para 2009.

Crise econômica, Guerra e o crescimento do Estado

Entre o caos econômico e as guerras no Iraque e no Afeganistão, a poderosa pressão para que os problemas sejam resolvidos através da intervenção do governo está criando um perigoso novo status quo. Durante uma crise – e agora com os múltiplos desafios da calamidade econômica mundial se somando às duas guerras e ao terrorismo internacional – o governo vem crescendo exponencialmente. A poderosa e extensiva intervenção do governo foi uma das principais causas dessas crises, e agora estamos assistindo a um mal sendo apresentado como cura para a doença. Mesmo que o governo venha a recuar em sua expansão tão logo a crise retroceda, raramente ele volta a seu tamanho original.

Mas uma crise também apresenta a oportunidade de se mudar o status quo, de se reduzir o tamanho do governo. O CATO University 2009 oferece uma oportunidade única de reflexão de como o governo se expandiu em tempos de crise; as ameaças à liberdade, à privacidade, à independência, toda vez que houve pressão para que se adotassem soluções impostas pelo governo (e, em conseqüência, para aumentar seu poder). O seminário mostrará o que pode ser feito para reduzir – ou reverter – a expansão do Governo.

Entre os palestrantes deste ano incluem-se David Boaz, vice-presidente do CATO Institute, autor do célebre Libertarianism: A Primer, Tom G. Palmer, diretor do CATO University que integra o quadro de especialistas do CATO, Robert Mc Donald, do Departamento de História da Academia Militar de West Point, Veronique de Rugy, pesquisadora do Mercatus Center e Robert Higgs, editor do The Independent Review: A Journal of Political Economy, entre outros.

Até breve, folks!